quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O que o apóstolo Paulo pensava sobre o carnaval


            A Bíblia possuí respostas para todos os tipos de assuntos que você perguntar. Para o que você perguntar, ela certamente terá algo a dizer. No entanto, alguns temas não estão tão explícitos assim. Se perguntar para a Bíblia como um marido deve tratar sua esposa, claramente Efésios 5.25-33 dá a resposta. Mas se perguntarmos sobre o carnaval no sentido em que é realizado no Brasil temos que garimpar o texto bíblico um pouco mais.

A definição comum de carnaval no Brasil é “festa da carne”. A palavra é derivada dos termos latinos de “carnis” (carne) e “valles” (prazeres). Os estudiosos da história das civilizações afirmam que toda cultura tem um modo diferente de realizar algum tipo de festividade ou carnavais. De uma modo geral, o carnaval teria tido sua origem na Grécia antiga e, nos limites do século XIX, despontou em Paris, na França, através de desfiles de fantasias. Atualmente, o carnaval no Rio de Janeiro é considerado o maior carnaval do mundo. Porém, no Brasil, seja em Recife, Rio de Janeiro, Curitiba ou qualquer outro lugar brasileiro, a conotação geral é de libertinagem sexual.

A Bíblia fala que as pessoas que não reconhecem a soberania de Deus têm suas paixões carnais afloradas e são deixadas à mercê das consequências de uma vida desregrada, a base para isso está em Romanos 1.24. Paulo argumenta em Romanos 1.18-32 que a ira de Deus recaí sobre as pessoas que procedem entregues às paixões da carne. Portanto, o estado natural do ser humano sem Cristo é a disposição natural de pecar; e quanto mais pecar, mais pecados irá cometer.

Para o cristão, aquela pessoa que possuí o Espírito Santo habitando em seu coração, pecar deixa de ser um habito e se torna uma eventualidade. O apóstolo João foi claro em dizer que quem nasceu pelo Espírito não peca habitualmente. O cristão peca, pode pecar, mas faz tudo para não pecar e agradar o Senhor com uma vida pura. Pecar para convertido é um acidente, não algo premeditado. Pelo menos não deve ser assim. Em outras palavras, todos somos pecadores, mas uns são mais pecadeiros que outros porque estão sem o devido antidoto contra o pecado: a presença do Espírito em seu interior.

Cada um sabe muito bem onde lhe aperta o sapato e é nesta área da vida que o Senhor quer tratar especialmente cada um de nós. Já no século primeiro o apóstolo Paulo vai lidar com esta tendência natural das pessoas de pecarem, mas que por causa de sua união com Cristo são dotados de uma nova natureza que os capacita a não pecar e viver em santidade. Ele deixa isso claro em Romanos 6.1-14. Ou seja, a vida cristã normal exige uma constante luta entre a carne e o espírito: aquilo que a tendência pecaminosa de cada pessoa quer fazer versus a necessidade de viver os padrões divinos de santidade de pensamento e comportamento.

Se Paulo pudesse ver o que acontece no Brasil nesta época de carnaval o que ele diria? Certamente, ele não diria nada diferente do que ele já nos disse nas Escrituras, sobre a disposição humana de alguém sem Cristo de pecar, a tendência natural às paixões da carne sem o controle do Espírito Santo e da luta interior do cristão que só pode ser vencida pela presença da graça ativa no nosso cotidiano. Até por quê o contexto carnavalesco padrão do Brasil não é muito diferente das festas às divindades pagãs relacionadas às práticas sexuais desenfreadas dos romanos do período em Paulo viveu e teve se posicionar firmemente para ensinar como os cristãos deveriam viver em contextos assim.

Cabe à nós, em pleno século XXI, mantermo-nos firmes contra a tendência da nossa carne, viver uma disposição interior restaurada para glorificar a Deus e acessar os recursos de uma vida de santidade para que na luta interior da carne contra o espírito, o Espírito vença as tendências que nos afastam de Deus e nos lançam nos braços do pecado. Firmados em Cristo vencemos o mal que habita em nós e fora de nós. 

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